Rodrigo Visca, 1980, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo.
Rodrigo Visca mobiliza neste conjunto de trabalhos pintura, desenho e
arte gráfica, sozinhos ou associados que, estranhamente, se poderiam enunciar por gêneros: acontecimento, mito, natureza-morta, retrato. Contudo, apesar de reconhecer tradições pictóricas e gráficas, Rodrigo Visca se esbate com o que poderia chamar de “acometimentos”.Explico: ao realizar uma ação o corpo sofre à sua maneira reações visíveis e invisíveis, e “lida” com elas.
arte gráfica, sozinhos ou associados que, estranhamente, se poderiam enunciar por gêneros: acontecimento, mito, natureza-morta, retrato. Contudo, apesar de reconhecer tradições pictóricas e gráficas, Rodrigo Visca se esbate com o que poderia chamar de “acometimentos”.Explico: ao realizar uma ação o corpo sofre à sua maneira reações visíveis e invisíveis, e “lida” com elas.
Seu modo de “lidar” com essas implicações coletivo-individuais resulta num recorte em que a expressão se apresenta por formas abertas, incongruentes e/ou mudanças de ritmos e direções, nas quais o corpo é projeção do espaço externo e o espaço externo uma extensão do corpo.
A relação de corpos e espaços configuram uma espécie de pantomima que pode então estar associada a teatro, isto é, uma dimensão da representação objetiva e subjetiva que narra mesmo quando tende à abstração, ora com pouco valor, ora pungente.
Surge, então, uma voz cuja fisionomia acompanha sempre algum tipo deanamorfose e uma gestualidade expressiva.
Pantomime and Painting
Rodrigo Visca mobilizes painting, drawing and graphic art, alone or associated that, strangely, could be listed by genre: event, myth, still life, portrait. However, despite acknowledging pictorial and graphic traditions, Rodrigo Visca struggles with what he might call “attacks”. Let me explain: when performing an action, the body undergoes visible and invisible reactions in its own way, and “deals” with them.
His way of “dealing” with these collective-individual implications results in a cut in which expression is presented in open, incongruous forms and/or changes in rhythms and directions, in which the body is a projection of the external space and the external space an extension of the body.
The relationship between bodies and spaces configures a kind of pantomime that can then be associated with theater, that is, a dimension of objective and subjective representation that narrates even when tending to abstraction, sometimes with little value, sometimes poignant.
Then comes a voice whose physiognomy always accompanies some kind of anamorphosis and expressive gestures.